Largo de Portugal

Novo terminal do transporte coletivo divide opiniões

Críticas são relacionadas à falta de banheiro, iluminação e espaço para refeições

Jô Folha -

Próximo de completar um mês em funcionamento, o novo terminal de ônibus no Largo de Portugal, nas proximidades da antiga Estação Férrea, ainda divide opiniões. Enquanto usuários já se mostram adaptados com a mudança, trabalhadores do transporte coletivo reclamam a falta de banheiros, água potável e de segurança do novo local. Uma articulação entre o Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTPC) e a prefeitura pretende construir um espaço para os motoristas e cobradores neste ano. Segundo informações do Sindicato dos Rodoviários de Pelotas (SRP), diariamente circulam no local cerca de 500 trabalhadores entre cobradores, fiscais e motoristas, além da população que utiliza os coletivos.

A atendente em um supermercado próximo, Vera de Oliveira aprova a mudança, mas salienta insegurança no local no período da noite pela falta de iluminação. "Está mais organizado, mas à noite ainda é muito escuro", avalia. A opinião que melhorou foi compartilhada por outros quatro usuários ouvidos pela reportagem. Eles veem o espaço mais organizado e mais fácil para pegar as conduções. A maioria dos ônibus partem do local em direção à Zona Norte e algumas linhas para o Fragata.

O fiscal de transporte Ubirajara Ramires diz que pouca coisa mudou - o antigo terminal fica distante cerca de cem metros do atual. Segundo Bira, como é conhecido entre os colegas, os usuários já estão se adaptando e o local tem mais organização entre os ônibus e fluidez para o transporte. O motorista Rodrigo Soares critica a estrutura. "Falta banheiro, tem um químico mas como está sempre sujo ninguém usa, falta água pra beber ou lavar um para-brisa, um lugar pra fazer um lanche", critica. Mesmo próximo do antigo terminal, Soares comenta que os intervalos são curtos, impedindo os motoristas e cobradores de irem até os bares na volta do Largo de Portugal.

No começo da semana, os banheiros químicos do local foram queimados, conforme relato do presidente da SRP, José Inácio de Jesus - Zequinha. No dia seguinte os equipamentsos foram substituídos pelo consórcio. Os autores ainda são desconhecidos.

Nova estrutura para este ano
Zequinha não alivia nas críticas. Para o representante dos trabalhadores do setor, a inauguração foi um equívoco. "A prefeita inaugurou uma obra que nem começou, instalaram apenas três abrigos", endurece. O sindicalista também critica a falta de banheiros, iluminação e insegurança - pautas recorrentes dos rodoviários para o local. Ele ainda reclama sobre o banheiro químico disponibilizado pelo CTCP não ser limpo com frequência, o que inviabiliza muitas vezes a sua utilização.

"Temos a disposição de solucionar o problema e estamos articulando, mas pelo contrato, a responsabilidade do terminal é da prefeitura de Pelotas", responde o diretor executivo do CTCP, Enoc Guimarães. Ele também critica a posição do sindicato, em querer ter o espaço imediatamente. De acordo com o diretor, um projeto já estaria sendo desenhado e reuniões com a prefeitura agendadas. No entanto, com a greve dos caminhoneiros, o foco principal do consórcio foi de garantir o combustível dos veículos. Está garantido, segundo Enoc, a construção de um espaço com banheiros e local para fazer refeições. Um dos problemas é a falta de rede de água e esgoto, além de energia elétrica. A construção será em uma área pública.

O chefe de gabinete da Secretaria de Transporte e Trânsito, Sérgio Almada, também confirma a construção do espaço, porém reitera que o "processo é lento". "Já foi cedida (a área), já foi assinado até os documentos. Instalamos uns holofotes e a ideia da prefeitura é instalar iluminação de LED", informou.

 

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